APAS SHOW 2022: Insights e estratégias para supermercadistas 

smarket na apas 2022
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Tempo de leitura 7 minutos

Nos dias 16 a 19 de Maio, aconteceu na Expo Center Norte em São Paulo a APAS SHOW 22! E é claro que nosso time de Novos Negócios e Customer Success aproveitou para visitar a feira e fazer networking com parceiros, fornecedores e se aproximar de clientes do Brasil todo!

A feira é conhecida por ser o maior evento supermercadista do mundo! Agora com um novo conceito “Além de Alimentos”, que reflete seu posicionamento de oferecer absolutamente tudo de mais relevante para o setor, desde alimentos e bebidas até tecnologia e inovação, passando por logística, finanças, infraestrutura, equipamentos e muito mais.

Além do evento, simultaneamente, acontece o Congresso de Gestão, com uma estrutura completa para facilitar a troca de conhecimento sobre as principais tendências, soluções e inovações que definirão o futuro de toda a cadeia de abastecimento.

Neste ano o tema do Congresso foi “O essencial é humano”.

O essencial é humano

Foram mais de 70 palestras, em 3 dias, ministradas por grandes nomes e especialistas em inovação, tecnologia, inteligência e produtividade, para ajudar a pensar os próximos passos que definirão o futuro do setor.

Confira abaixo nossos insights e saiba como o varejo supermercadista pode se beneficiar com essas estratégias!

1. Personalização para e-commerce de varejo

A pandemia transformou o varejo e o consumidor segue em busca da economia de tempo, conveniência e experiência sem atrito e segurança. No entanto, o varejo brasileiro ainda enfrenta alguns desafios relacionados à infraestrutura, velocidade, custo, acesso e relações de confiança e transparência no ambiente digital.

Entregar experiências únicas e personalizadas é o principal diferencial de empresas posicionadas em setores de alta concorrência. Por meio de conteúdo dinâmico, recomendações de produtos e ofertas específicas com base em ações anteriores e no comportamento de navegação, além do histórico de compras e dos dados demográficos do usuário, é possível entregar a oferta de um produto ou serviço de acordo com a jornada do usuário.

Ao analisar o funil de vendas de e-commerce, que vai desde atração até a conversão do usuário, ou seja, a efetivação da compra, observamos que as técnicas de personalização, quando bem aplicadas, aumentam a taxa de conversão de forma considerável. Há diversas técnicas que podem ser aplicadas.

Recomendação personalizada de produtos na página inicial, e-mail marketing com base nos produtos que foram “abandonados” no carrinho de compras e questionário para mapear o interesse de compras de um novo cliente são alguns exemplos.

2. Multicanalidade para gerar experiências e fidelizar clientes

A multicanalidade traz grandes desafios para o varejo, mas também inúmeras possibilidades de fidelização. A eliminação das áreas de atrito e uma jornada sem rupturas nos diferentes canais é a grande expectativa do mercado. 

O consumidor quer conveniência e economia de tempo. Com a popularização do e-commerce e do smartphone, os aplicativos de entrega também ganharam espaço e hoje há diferentes empresas oferecendo esses serviços. De paradigma à hábito, o supermercado on-line se consolidou na vida de consumidores super conectados. 

Há muitas opções tecnológicas e novidades que surgem quase diariamente. Os desafios são mapeá-las, identificar em qual estágio de desenvolvimento se encontram, critérios para definir impactos no seu negócio e estabelecer prioridades de implementação. 

 3. Marketplace para aumentar faturamento

Um marketplace é essencialmente um novo canal de vendas que deve estar sincronizado com o estoque, assim como com a loja online e as campanhas de comunicação que também serão utilizadas. Muitas vezes as empresas podem, inclusive, possuir estes espaços simultaneamente, ou seja, tanto a loja virtual, quanto o marketplace.

O desafio é manter o controle deste estoque da forma mais automatizada possível, sem ter a necessidade de reconciliação manual. É preciso, ainda, ter cautela com relação aos sites que estarão vinculados ao marketplace, uma vez que, perante o consumidor, majoritariamente, a responsabilidade por qualquer problema relacionado à compra poderá recair solidariamente sobre o marketplace.

Os marketplaces têm se tornado responsáveis por uma parcela expressiva do faturamento dos varejistas que operam on-line!

4. O consumidor 4.0: atendendo às demandas do novo consumidor

O segmento de consumo e de varejo passa por uma transformação nunca vista antes, acelerado pela pressão do digital e dos grandes ecossistemas de negócios. Os principais varejistas do mundo estão reinventando seus modelos de negócio para atender ao consumidor 4.0, que emerge do pós-pandemia.

O consumidor 4.0 é resultado dos avanços tecnológicos, que deu origem a novos hábitos de consumo. A definição de consumidor 4.0 está diretamente relacionada às novas tecnologias, principalmente no que se refere às mídias sociais e às ferramentas de comunicação.

Dentre as principais características do consumidor 4.0, destacam-se:

  • a exigência de uma abordagem mais personalizada;
  • o maior acesso à informação;
  • a autonomia para escolher as melhores opções disponíveis no mercado;
  • a possibilidade de tecer comentários na internet sobre o produto ou serviço adquirido.

Além disso, o consumidor 4.0 caracteriza-se também pelo imediatismo; ele quer ter as suas dores solucionadas o quanto antes e da melhor maneira possível.

Por isso, ele valoriza muito as marcas que estão presentes em diferentes canais e oferecem uma experiência de compra ágil e integrada.

  • Ofereça diferentes canais de interação;
  • Alinhe os valores da marca àqueles cultivados pelo público-alvo;
  • Personalize as suas soluções;
  • Dê voz aos seus consumidores.

Lembre-se de valorizar a experiência de consumo como um todo; é imprescindível que ela seja positiva.

5. Realidade aumentada para informação e experiência

A realidade aumentada (RA) combina elementos do mundo virtual e real para fornecer aos consumidores informações sobre produtos e serviços. Para isso, é possível utilizar dispositivos como smartphones e tablets, por exemplo, integrados a softwares que fazem a leitura de QR codes. 

Uma vez escaneados, esses códigos exibem informações programadas e que são projetadas no ambiente físico de modo integrado. Com a RA é possível criar conteúdos interativos e exclusivos, demonstrar virtualmente produtos de e-commerce na casa do cliente, reproduzir uma vitrine virtual e etc.

6. Conveniência e dark stores

O consumidor que conhece e experimenta a praticidade não quer abrir mão deste serviço e poderá estar mais disposto a pagar mais caro pelo frete para receber o pedido o mais rápido possível. Por isso, ter variedade de sortimento e uma malha logística robusta para suprir essa demanda por velocidade é o que faz esse mercado evoluir. 

Um exemplo disso, são as dark stores, “lojas escuras”, em português. Ela já são comuns em países como o Reino Unido, a França, os EUA e outros, onde redes como Walmart, Carrefour e Target já investem no modelo. Essas unidades são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online — ou seja, são fechadas ao público.

Diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, elas têm tamanho reduzido e estão localizadas em centros urbanos. Em geral, ficam em áreas de maior densidade populacional, em que os hábitos de consumo dos residentes já são conhecidos.

O objetivo é encurtar a distância entre o produto e o cliente para permitir entregas no mesmo dia ou no dia seguinte. As dark stores podem ser chamadas, ainda, de microhub, minicentro de distribuição urbano, micro-fulfillment center ou hyper local fulfillment center.

O layout dessas unidades é semelhante ao das lojas tradicionais. Assim, os separadores podem ter acesso rápido aos produtos e montar os pedidos rapidamente para envio ou coleta.

As dark stores são o último estágio da cadeia logística e funcionam apenas como ponto de armazenamento ou coleta. Por isso, dispensam a presença de colaboradores que oferecem conselhos aos clientes, além de displays nos pontos de venda e balcões de check-out.

7. Pós-compra: o que fazer para o cliente voltar?

O Pós-Compra é resultado da experiência vivida pelo Shopper em toda a Jornada de Compra que termina com uma conexão emocional entre o cliente e sua marca! Entender e atuar nesse processo é importante para garantir a construção de uma relação de confiança que é crucial. Definir pontos-chave e tomar decisões estratégicas que ajudarão na construção desse relacionamento contínuo com os clientes é o primeiro passo para criar a jornada de sucesso para seu cliente.

Ser uma empresa centrada no cliente implica em conhecê-lo e estabelecer uma comunicação personalizada.

8. O papel estratégico das ofertas nas redes sociais para fortalecer as vendas e vínculo com os consumidores

Num momento econômico desafiador em que os brasileiros se encontram, as ofertas passam a ter um protagonismo como nunca tiveram. As ofertas em redes sociais vêm crescendo significativamente com a digitalização, mas o foco não deve ser o tipo de mídia ou canal, mas, sim, colocar o consumidor no centro. É fundamental eleger o produto certo, dentro de um sortimento ideal, usando a mídia certa, no canal correto, conforme os diferentes perfis de consumidores que se quer atingir. Com isso, maximiza-se a satisfação do consumidor e também a margem, através da precisão promocional.

9. Apelo saudável: o impacto no sortimento das novas escolhas alimentares

Os consumidores estão mais conscientes de que a alimentação é uma das maneiras para manter ou conquistar qualidade de vida. A forma de se alimentar está se transformando. Além da praticidade, as pessoas buscam por alimentos saudáveis e, consequentemente, evitam alguns ingredientes. O varejista precisa estar atento, como nunca antes, às tendências de consumo, pois elas irão certamente impactar o sortimento da sua loja.

Feito por pessoas, sobre pessoas e para pessoas

Todos os temas por mais disruptivos que sejam, culminam em “colocar as pessoas no centro”.

Não é à toa que o tema do ano foi “O Essencial é Humano” que tem por objetivo apontar a importância das pessoas neste “novo mundo” que se reergue, pós pandemia. E nesta nova realidade, falar e praticar a diversidade nunca foi tão importante e real. Promover mudanças na sociedade, no próprio varejo e praticar a diversidade são ações essenciais para que tudo volte a funcionar, não como era antes, mas de forma ainda melhor e mais democrática!

E aí, conta pra gente, quais tendências você já tinha percebido e quais foram totalmente novidades para você supermercadista? Até logo!

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Gabriela Lemos

Especialista em Marketing e Conteúdo. Entusiasta do varejo e da indústria. Adoro escrever sobre melhorias nos processos do varejo e nos processos industriais. Sou cientista de alimentos e nas horas vagas gosto de andar por aí com a minha bike! Escrevo sobre: #varejo #trademarketing #indústrias

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